segunda-feira, 27 de agosto de 2012

OS TÍTULOS DE NOSSA SENHORA

fonte: Filhos de Maria

Nossa Senhora da Conceição

Maria foi concebida sem mancha alguma de pecado, sem o pecado original, portanto. Isso porque Deus preparou uma criatura pura e cheia de beleza para ser a Mãe de seu Filho. Ela não poderia nunca ser profanada pelo pecado. Assim, Deus realizou seu intento: Maria nascera sem pecado, e sua alma santíssima jamais foi manchada pela menor imperfeição.

Da palavra “concebida” formou-se o derivado “Conceição”. A conceição de Maria foi, pois, imaculada. Daí a Imaculada Conceição, que com o tempo se uniu ao vocativo “Nossa Senhora”, chegando, finalmente, a “Nossa Senhora da Conceição”.

Quando invocamos Maria por Nossa Senhora da Conceição, queremos dizer que Ela é imaculada desde seu nascimento e que o pecado jamais esteve nela. 
Nossa Senhora da Paz.

Na cidade de Toledo, Espanha, existe um templo consagrado à Maria Santíssima e venerado pelos fiéis há muito tempo. Na época em que os mouros entraram na Espanha, este templo foi tomado e transformado por eles em mesquita para seus ritos e cultos. Mesmo em 1085, quando o rei Afonso VI tomou a cidade, o templo continuou em poder dos mouros.

Quando Afonso partiu para Castela, deixou em Toledo sua esposa, a rainha dona Constança, e o arcebispo eleito, dom Bernardo. Ambos manifestaram a vontade de retomar o templo, assim como todos os outros cristãos. Levados por seus sentimentos, assaltaram o templo, com pessoas armadas, e se apoderaram dele novamente. Indignado ao saber do fato ocorrido, o rei voltou para Toledo disposto a castigar aqueles que haviam infringido o que ele determinara. 

Diante disso, os cristãos saíram em procissão pelas ruas implorando clemência, enquanto muitos permaneciam no templo pedindo a Virgem Maria que abrandasse a fúria do rei Afonso, e o fizesse esquecer o castigo. Eis então que o milagre se opera. Afonso desiste da punição, como ainda perdoa a rainha e o arcebispo e deixa o templo em poder dos cristãos. O rei também não perseguiu e nem castigou os mouros.



Nossa Senhora do Carmo
Há muito tempo atrás, os religiosos carmelitas saíram do monte Carmelo e das proximidades da Palestina e foram para a Europa, fugindo da perseguição dos sarracenos. Mas, mesmo no Ocidente, sofreram muitas injustiças. Em 1245, Simão Stock foi eleito superior geral da ordem. Frente à situação em que se encontravam, pediu a Maria, entre fervorosas orações, que os protegessem e que desse um singelo sinal desta proteção.

A Mãe de Deus, comovida com as súplicas do religioso, apareceu a ele, e lhe entregou um escapulário do Carmo, dizendo as palavras: “Recebe, meu querido filho, este escapulário como sinal da minha confraria e prova do privilégio que obtive para ti e para todos os carmelitas; é um sinal de salvação, um escudo nos perigos, um penhor de paz e aliança eterna. Aquele que morrer revestido deste escapulário será preservado do fogo do inferno”. Isso aconteceu em 16 de julho de 1251, em Cambridge, no condado com o mesmo nome. Desde então, a notícia do aparecimento da Virgem se espalhou e a ordem dos carmelitas encontrou a paz, a simpatia das pessoas e cresceu prodigiosamente. Simão Stock, após ter trabalhado muito na difusão do santo escapulário, morreu em Bordéus, em 16 de julho de 1265. 

A ordem dos carmelitas deve seu nome ao monte Carmelo, na Palestina, que era anteriormente habitado pelo profeta Elias, proclamado pelos carmelitas como seu fundador. Novecentos anos antes de Cristo, os eremitas do monte Carmelo prestavam culto profético à futura Mãe do Redentor do Mundo.

Depois da aparição, a ordem foi chamada pelos próprios carmelitas de Ordem da Virgem Maria. Posteriormente, os cristãos passaram a chamar de Ordem de Nossa Senhora do Carmo.

Nossa Senhora Aparecida.
Em 1717, os pescadores foram chamados a lançarem-se ao rio, para que um banquete fosse servido ao conde de Assumar, que passava por Guaratinguetá. Fora à pescaria, então, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, entre outros. Tentaram muito, mas nada conseguiam.

Ao lançar sua rede, João Alves tirou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora, sem a cabeça. Ao lançar novamente rede, tirou a cabeça da mesma imagem, sem nunca saber quem a havia lançado ao rio. Ao continuar a pescaria, tiveram a surpresa da abundância de peixes que foram retirados. Voltaram para casa assombrados pelo fato.
Felipe Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos, e a população logo denominou a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Depois, a imagem passou para o filho de Pedro, Atanásio, que morava em Itaguassu. Ele, inspirado por sua fé, fez um oratório e colocou a imagem num altar, onde o povo da vizinhança se reunia para rezar o terço. Uma noite, todas as velas que estavam acesas no momento da oração se apagaram. Quando alguém foi acendê-las novamente, as velas por si só, sem que ninguém as tocasse, se acenderam. Este foi o primeiro prodígio realizado por Nossa Senhora Aparecida, que se repetiu várias vezes. Tanto que o fato chegou ao conhecimento do vigário de Guaratinguetá, Pe José Alves Vilela, que, com outros devotos, construiu uma capelinha para a imagem. Logo ela se tornou pequena, e foi demolida para dar lugar a basílica atual.

Hoje, a imagem está em um nicho riquíssimo, tendo na cabeça uma coroa real que foi benzida pelo Santo Padre. Nossa Senhora Aparecida recebeu este título por aparecer na rede de um humilde pescador. Ela foi proclamada padroeira do Brasil, e sua festa é comemorada no dia 12 de outubro. 

Nossa Senhora das Graças.
A primeira aparição da Virgem gloriosa ocorreu entre 18 e 19 de julho de 1830, à irmã Catarina Laborié. Às onze e meia da noite, Catarina acordou e ouviu por três vezes pronunciar a palavra irmã, olhou para o lado, de onde vinha a voz, viu um menino vestido de branco e percebeu que se tratava de seu Anjo da Guarda. O anjo disse-lhe: “Venha à capela, a Santa Virgem te espera”. Chegando na capela, o Anjo nem bem tocou na porta e ela se abriu.

Catarina espera e reza. Passada uma meia hora, o Anjo disse: “Eis a Santíssima Virgem”. Maria desceu, dobrou o joelho diante do Santíssimo e foi sentar-se numa cadeira, no coro dos sacerdotes. Num abrir e fechar de olhos, a vidente se atirou aos seus pés, apoiando suas mãos sobre os joelhos maternais de Santa Maria. A Virgem conversou com Catarina por duas horas sobre uma missão que Deus queria confiar-lhe e também das dificuldades que iria encontrar na realização da mesma. Depois, Maria desapareceu e o anjo a reconduziu para o dormitório.

A segunda aparição realizou-se no dia 27 de novembro de 1830, às cinco e meia da tarde. Catarina estava na capela, e no meio das suas orações, a Virgem aparece, vestida de seda branca como a aurora, suas mãos erguidas à altura do peito seguravam um globo de ouro, encimado por uma cruz. Tinha os olhos erguidos para o céu. E seu rosto iluminava-se enquanto oferecia o globo a Nosso Senhor. Em seguida seu pedido foi atendido: as mãos carregaram-se de anéis preciosos. Os raios que partiram de suas mãos alargavam-se à medida que desciam, a ponto de não deixarem ver os pés de Nossa Senhora.

Enquanto se saciava em contemplá-la, Catarina ouviu uma voz que lhe disse: “Este globo que vês, representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das graças que derramo sobre as pessoas que mais pedem”.

Enquanto Maria estava rodeada de uma luz brilhante, o globo desaparece de suas mãos. Formou-se então em torno da Virgem um quadro de forma oval em que havia escrito em letras de ouro a frase: “Oh, Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Então, uma voz se fez ouvir, dizendo: “Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem no pescoço receberão muitas graças As graças serão abundantes para aqueles que carregarem a medalha com inteira confiança”.
No mesmo instante a imagem luminosa transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo, abaixaram-se e abriram-se, despejando os raios sobre o globo em que a Virgem pousava os pés, esmagando a serpente infernal.
Logo após o quadro virou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas, no centro um grande M, o monograma de Maria, encimado por uma cruz sobre uma barra; abaixo do monograma havia dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada.Eram os corações de Jesus e Maria. Enfim, uma constelação de doze estrelas, em forma oval, cercando este conjunto.

Este grande privilégio da Virgem Maria foi proclamado dogma em 1854 pelo papa Pio IX: Imaculada Concepção. Em 1858, a virgem Maria veio confirmar esta verdade de fé pelas suas aparições em Lourdes.

Catarina procurou ficar desconhecida durante 46 anos. Fora o padre Aladel, ninguém mais sabia quem era a favorecida com as aparições que todo o mundo falava. Catarina foi canonizada em 1947, e por ordem do arcebispo, o seu corpo foi exumado. Verificou-se então que estava intacto. Depositaram-no em um caixão de cristal, e colocaram-no sob o altar das aparições, rue du Bac, 140, no centro de Paris




OFICIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO




Este ofício foi escrito na Itália, em Latim, no século XV, pelo Franciscano  Bernardino de Bustis, foi aprovado pelo Papa Inocêncio XI no ano de 1678. Foi enriquecido com indulgência pelo Papa Gregório XVI a 5 de Dezembro de 1837.
Foi em 1854 que, através do papa Pio IX, a Igreja declarou oficialmente, como dogma de fé, a Imaculada Conceição da Virgem Maria, isto é que a Mãe do Filho de DEUS foi “dotada, desde o primeiro instante de sua Conceição, de uma santidade inteiramente singular”. ( Constituição Lúmen Gentium, nº 56).
Os antigos Santos Padres e Doutores da Igreja ensinavam que MARIA é toda pura e santíssima, imune de qualquer mancha de pecado.
No ano de 1476, foi incorporado ao calendário religioso a festa da Imaculada Conceição, instituída pelo Papa Sixto IV e celebrada a 8 de dezembro.

oficio cantado


Deus vos salve, Filha de Deus Pai!
Deus vos salve, Mãe de Deus Filho!
Deus vos salve, Esposa do Espírito Santo!
Deus vos salve, Sacrário da Santíssima Trindade!

        Matinas

Agora, lábios meus,
dizei e anunciai
os grandes louvores
da Virgem, Mãe de Deus.
Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém!

        Hino

Deus vos salve,
Virgem, Senhora do mundo,
rainha dos céus
e das virgens, Virgem.
Estrela da manhã,
Deus vos salve
cheia de graça divina,
formosa e louçã.
Dai pressa, Senhora,
em favor do mundo,
pois vos reconhece
como defensora.
Deus vos nomeou,
desde a eternidade,
para a mãe do Verbo
com o qual criou.
Terra, mar e céus
e vos escolheu
quando Adão pecou,
por esposa de Deus.
Deus a escolheu
e, já muito antes,
em seu tabernáculo
morada lhe deu.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Prima

Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém.

        Hino

Deus vos salve, mesa
para Deus ornada,
coluna sagrada
de grande firmeza.
Casa dedicada
a Deus sempiterno.
Sempre preservada,
Virgem, do pecado.
Antes que nascida
fostes, Virgem, santa
no ventre ditoso
de Ana concebida.
Sois mãe criadora
dos mortais viventes.
Sois dos santos porta,
dos anjos, senhora.
Sois forte esquadrão
contra o inimigo.
Estrela de Jacó,
refúgio do cristão.
A Virgem criou
Deus no Espírito Santo,
e todas as suas obras
com ela as ornou.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Terça

Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém!

        Hino

Deus vos salve, trono
do grão Salomão,
arca do concerto,
velo de Gedeão!
Íris do céu clara,
sarça da visão,
favo de Sansão,
florescente vara.
A qual escolheu
para ser mãe sua,
e de vós nasceu
o Filho de Deus.
Assim vos livrou
da culpa original,
de nenhum pecado
há em vós sinal.
Vós que habitais
lá nas alturas
e tendes vosso trono
entre as nuvens puras.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Sexta

Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém!

        Hino

Deus vos salve, Virgem
da Trindade templo,
alegria dos anjos,
da pureza exemplo.
Que alegrais os tristes
com vossa clemência,
horto de deleites,
palma de paciência.
Sois terra bendita
e sacerdotal.
Sois da castidade,
símbolo real.
Cidade do Altíssimo,
porta oriental,
sois a mesma graça,
Virgem singular.
Qual lírio cheiroso
entre espinhas duras,
tal sois vós, Senhora,
entre as criaturas.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Noa

Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém!

        Hino

Deus vos salve, cidade
de torres guarnecida,
de Davi, com armas
bem fortalecida.
De suma caridade
sempre abrasada.
Do dragão, a força
foi por vós prostrada.
Ó mulher tão forte!
Ó invicta Judite!
Que vós alentastes
o sumo Davi!
Do Egito, o curador,
de Raquel nasceu,
do mundo, o Salvador
Maria no-lo deu.
Toda é formosa
minha companheira,
nela não há mácula
da culpa primeira.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Vésperas

Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém.

        Hino

Deus vos salve relógio
que, andando atrasado,
serviu de sinal
ao Verbo encarnado.
Para que o homem suba
às sumas alturas,
desce Deus do céu
para as criaturas.
Com raios claros
do Sol de Justiça,
resplandece a Virgem
dando ao sol cobiça
Sois lírio formoso,
que cheiro respira
entre os espinhos.
Da serpente, a ira
Vós aquebrantais
com vosso poder.
Os cegos errados
vós alumiais.
Fizestes nascer
Sol tão fecundo,
e, com as nuvens,
cobristes o mundo.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Completas

Rogai a Deus, vós,
Virgem, nos converta.
Que a sua ira
aparte de nós.
Sede em meu favor,
Virgem soberana,
livrai-me do inimigo
com vosso valor.
Glória seja ao Pai,
ao Filho e ao Amor também,
que é um só Deus,
em pessoas três,
agora e sempre
e sem fim. Amém.

        Hino

Deus vos salve, Virgem,
Mãe imaculada,
rainha de clemência
de estrelas coroada.
Vós, sobre os anjos,
sois purificada,
de Deus, à mão direita,
estais de ouro ornada.
Por vós, Mãe da graça,
mereçamos ver
a Deus nas alturas
com todo prazer.
Pois sois esperança
dos pobres errantes,
e seguro porto
dos navegantes.
Estrela do mar
e saúde certa,
e porta que estais
para o céu aberta.
É óleo derramado,
Virgem, vosso nome,
e os servos vossos
vos hão sempre amado.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito,
os clamores meus.
        Oração: Santa Maria, rainha dos céus, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais e nem desprezais, ponde, senhora, em mim os olhos de vossa piedade e alcançai de vosso amado filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu, que agora venero com devoção vossa Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de vosso bendito Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre. Amém.

        Oferecimento

Humildes, oferecemos
a vós, Virgem pia,
estas orações,
porque em nossa guia
vades vós adiante
e, na agonia,
vós nos animeis,
ó doce Maria! Amém!

            ORAÇÃO A IMACULADA CONCEIÇÃO

Ó Rainha do Céu e da terra, pura na Vossa Conceição, permanecestes sem mácula na vida e na morte. Vossa pureza excede muito a dos Espíritos Celestes! Quanto é admirável ver-Vos, Virgem humilde diante do Anjo Gabriel que Vos anuncia a Encarnação do Verbo, e Vos saúda: “Cheia de Graça” Vós que, modesta, recolhida, silenciosa, brilhando de Pureza, como lírio entre os espinhos! Vossa santidade encanta e cativa todos os corações, sois perfeitamente bela, maravilhosa, e em Vós não há nenhuma mancha. Amém.







Não perca mais tempo. Aproxime-se de Jesus!

 fonte: canção nova

"O rei Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou confuso, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. Então Herodes disse: 'Eu mandei cortar a cabeça de João… Quem será esse homem, sobre quem ouço falar estas coisas?' E procurava ver Jesus"(Lucas 9,7-9).

No coração de cada homem e de cada mulher há uma atração para Aquele que é o nosso Salvador. O Evangelho nos fala dos gregos pagãos que queriam ver Jesus. Há também o cobrador de impostos que subiu numa árvore para ver o Senhor. Embora fosse corrupto e odiado, havia neste homem uma atração enorme por Deus. Como ele se chamava? Zaqueu.

"Não desanimem! Rezem muito, peçam ao Senhor e suas orações terão efeito", assegura monsenhor Jonas


Jesus disse a Zaqueu que iria comer em sua casa. Quando Ele chegou, o cobrador de impostos disse que não queria mais roubar e que devolveria o quádruplo do dinheiro que havia tirado das pessoas. Também o apóstolo Mateus, que era cobrador de impostos, queria ver Jesus, sentia-se atraído por Ele. O Senhor, então, pediu que este O seguisse. Esse homem largou tudo, seguiu-O e tornou-se São Mateus, o primeiro apóstolo a escrever o Evangelho.

Maria Madalena também tinha um grande desejo de encontrar Jesus, mas não sabia se Ele a aceitaria por causa da vida que ela vivia. Jesus veio do céu para ser o nosso Salvador, daí a atração que Ele realiza em cada coração humano. Quando ela se aproxima de Cristo, tudo muda na vida dela. Jesus também muda, porque, até então, nenhum profeta tinha uma discípula mulher. Ela foi a primeira, mas, depois, arrastou outras mais, como Joana, esposa do superintendente de Herodes.

Herodes, por sua vez, era muito fraco, faltou-lhe coragem e decisão, mas que Jesus também exercia uma atração sobre ele, isso é real. O coração desse rei tremia na presença do Senhor. Se ele se desvencilhasse de tudo aquilo com que havia se envolvido, o próprio Jesus o teria recebido também.

Meus irmãos, eu falei de homens e mulheres do Evangelho, mas o importante para nós é saber que o Senhor continua exercendo uma atração sobre o coração de toda humanidade, inclusive dos transviados, de todas as pessoas por pior que elas sejam. Assim como Herodes, todos têm, em seus corações, o desejo de aproximar-se de Jesus Cristo, de terem o seu encontro pessoal e serem salvos por Ele. Nossa base é saber que Ele exerce essa atração em nós.

Muitas vezes, as pessoas estão tão enleadas em suas vidas que não têm coragem de largar tudo e seguir Jesus. Por isso, por pior que você seja, por pior que tenha sido ou continue sendo a sua vida, você precisa compreender que deve dar um passo para o Senhor – porque mais do que o seu querer – é Jesus quem quer a sua conversão.

Além de haver pessoas muito más, depravadas, existem também pessoas que se acham "boas", porque não têm grandes pecados e não cometem grandes erros em suas vidas. Mas elas cometem "pequenos pecadinhos" – embora pecadinhos não existam –, e, porque não se acham más, pois não roubam, não matam nem são como os bandidos e corruptos, também não vão para Jesus. Por essa razão, muitas vezes, a conversão de um "bom" é muito difícil, pois, por se considerar bom, não tem coragem de se tornar cristão para valer e ter o seu encontro pessoal com o Senhor. 

A todos aqueles que têm uma vida errada, e também àqueles de sua família que estão muito longe do Senhor, eu digo: "Não desanimem. Rezem muito, peçam ao Senhor e suas orações terão efeito".

Se vocês podem falar, falem; se vocês podem fazer, façam tudo o que puderem por essa pessoa que precisa se aproximar de Jesus. Mesmo que ela seja alcoólatra, viciada, não a desclassifique, pois para Deus não existe “lata de lixo” nem para a pior pessoa. Se você já fez tudo o que podia e já não pode mais falar, porque a pessoa já não suporta ouvi-lo, reze, porque é Jesus dizendo: "Esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia" (João 6,37-39). 

Na Palavra de Deus, o Senhor está dizendo que o próprio Herodes procurava ver Jesus. Quanto mais você, que sente, no seu coração, essa atração! 

A santidade é a vocação do cristão


O primeiro chamado do cristão é a santidade
Desde a Antiga Aliança, Patriarcas, Deus chama o povo à santidade: “Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo”. (Lv 1, 44-45)
O desígnio de Deus é claro: uma vez que fomos criados à sua“imagem e semelhança” (Gn 1,26) e Ele é Santo, nós devemos ser santos também. O Senhor não deixa por menos. A medida e a essência dessa santidade é o próprio Deus. São Pedro repete esta ordem dada ao povo no deserto, em sua primeira carta, convocando os cristãos a imitarem a santidade de Deus:
“A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pd 1,15-16)
São Pedro exige dos fieis que “todas as vossas ações” espelhem esta santidade de Deus, já que “vós sois, uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis o poder daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa”. (1Pd 2,9)Para São Pedro a vida de santidade era uma imediata consequência de um povo que ele chamava de “quais outras pedras vivas… materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo”. (1Pd 2,5)
Neste sentido exortava os cristãos do seu tempo a romper com a vida carnal: “luxúrias, concupiscências, embriagues, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias” (1Pd 4,3) vivendo na caridade, já que esta “cobre a multidão dos pecados”. (1Pd 4,8)
Jesus, no Sermão da Montanha chama os discípulos à perfeição do Pai: “Sede perfeitos assim como o vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5,48)
Essas palavras fazem eco ao que Deus já tinha ordenado ao povo no deserto: “Sede santos, porque eu sou santo”. (Lv 11,44)
Jesus falava da bondade do Pai, que ama não só os bons, mas também os maus, e que “faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos”. (Mt 5,45) Jesus pergunta aos discípulos: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis?” (46). Para o Senhor, ser perfeito como o Pai celeste, é amar também os inimigos, os que não nos amam. “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e vos maltratam”(44) e mais ainda: “Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra”. (39)
Sem dúvida não é fácil viver essa grande exigência que Jesus nos faz, mas é por isso mesmo que ao cumpri-las vamos nos tornando santos, perfeitos, como o Pai celeste.
Todo o Sermão da Montanha, que São Mateus relata nos capítulos 5, 6 e 7, apresenta-nos o verdadeiro código da santidade. É como dizem os teólogos, a “Constituição do Reino de Deus”. Santo Agostinho nos assegura que:
“Aquele que quiser meditar com piedade e perspicácia o Sermão que nosso Senhor pronunciou no Monte, tal como o lemos no Evangelho de São Mateus, aí encontrará, sem sombra de dúvida, a carta magna da vida cristã” (CIC, nº 1966).
É por isso que na festa de todos os Santos a Igreja nos faz meditar no Evangelho das Bem-aventuranças, que são o início, e como que o resumo, de todo o Sermão do Monte.
São Paulo começa quase todas as suas Cartas lembrando os cristãos do seu tempo de que são chamados à santidade. Aos romanos, logo no início, ele se dirige dizendo:
“A todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos“. (Rm 1,7)
Aos corintios ele repete: “à Igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Cristo Jesus chamados à santidade com todos…” (1Cor 1,2).
Aos efésios ele lembra, logo no início, que o Pai nos escolheu em Cristo “antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1,5).
Aos filipenses ele pede que: “o discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo” (Fil 1,10).
“Fazei todas as coisas sem hesitações e murmurações a fim de serdes irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus íntegros no meio de uma geração má e perversa” (Fil 2,14) .
Para o Apóstolo a santidade é a grande vocação do cristão. Ele diz aos efésios:
“Exorto-vos pois (…) que leveis uma vida digna da vocação a qual fostes chamados, com toda humildade, mansidão e paciência”. (Ef 4,1)
De maneira mais clara ainda ele fala aos tessalonicenses sobre o que Deus quer de nós:
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santificação e honestidade, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como fazem os pagãos que não conhecem a Deus”. (1 Tess 4,3-5)
Aos cristãos de Corinto, Paulo volta a insistir na sua segunda Carta:
“Purifiquemo-nos de toda a imundice da carne e do espírito realizando a obra de nossa santificação no temor de Deus” (2 Cor 7,1) e também a carta aos Hebreus, nos manda procurar a santidade:
“Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12,14)
Santa Teresa de Ávila afirma que: “O demônio faz tudo para nos parecer um orgulho o querer imitar os santos”.
A santidade é o meio de voltarmos a ser “imagem e semelhança” de Deus, conforme saímos de suas mãos.
São Paulo ensina na carta aos romanos que Deus nos quer como autênticas imagens de Jesus:
“Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos”. (Rm 8,29)
A santificação, portanto, consiste em cada cristão se transformar numa cópia viva de Jesus, “um outro Cristo” como diziam os santos Padres. Quando a imagem de Jesus estiver formada em nossa alma, então teremos chegado à meta que Deus nos propõe. É aquele estado de vida que levou, por exemplo, São Paulo a exclamar: “Eu vivo, mas já não sou mais eu, é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus”. (Gl 2,20)
Jesus sofreu a sua Paixão e Morte para que recuperássemos diante do Pai a santidade. É o que o Apóstolo nos ensina: “Eis que agora Ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentarsantos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai”. (Col 1,22)
Fomos criados por Deus e para Deus, e a Ele pertencemos; por isso, somos chamados à santidade. O salmista canta essa verdade essencial:
“Ele é nosso Deus; nós somos o povo de que ele é o pastor,
“As ovelhas que as suas mãos conduzem.” (Sl 94,7)
“Sabei que o Senhor é Deus: somos o seu povo e as ovelhas de seu rebanho.” (Sl 99,3)
Essa pertença a Deus é que nos obriga acima de tudo a buscarmos como meta da nossa vida a santidade, que é a marca de Deus, três vezes Santo. O Papa João Paulo II, que era um pregador incansável da santidade, disse certa vez:
“Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda a autêntica aspiração do coração humano.” (LR,N.17, 7/4/96)
“Entre as maravilhas que Deus realiza continuamente, reveste singular importância a obra maravilhosa da santidade, porque ela se refere diretamente à pessoa humana.”
E o Papa resume tudo dizendo que:
“A santidade é a plenitude da vida.” (LR, N.20, 18/5/96)
Com a mesma ênfase, São Paulo afirma para os corintios que não nos pertencemos, porque fomos comprados por um alto preço que é o sangue de Cristo (cf. 1 Cor 6,19). Aos romanos o Apóstolo diz: “Nenhum de vós vive para si e ninguém morre para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. (Rm 14,7)O primeiro chamado do cristão é a santidade
Desde a Antiga Aliança, Patriarcas, Deus chama o povo à santidade: “Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo”. (Lv 1, 44-45)
O desígnio de Deus é claro: uma vez que fomos criados à sua“imagem e semelhança” (Gn 1,26) e Ele é Santo, nós devemos ser santos também. O Senhor não deixa por menos. A medida e a essência dessa santidade é o próprio Deus. São Pedro repete esta ordem dada ao povo no deserto, em sua primeira carta, convocando os cristãos a imitarem a santidade de Deus:
“A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” (1Pd 1,15-16)
São Pedro exige dos fieis que “todas as vossas ações” espelhem esta santidade de Deus, já que “vós sois, uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis o poder daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa”. (1Pd 2,9)Para São Pedro a vida de santidade era uma imediata consequência de um povo que ele chamava de “quais outras pedras vivas… materiais deste edifício espiritual, um sacerdócio santo”. (1Pd 2,5)
Neste sentido exortava os cristãos do seu tempo a romper com a vida carnal: “luxúrias, concupiscências, embriagues, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias” (1Pd 4,3) vivendo na caridade, já que esta “cobre a multidão dos pecados”. (1Pd 4,8)
Jesus, no Sermão da Montanha chama os discípulos à perfeição do Pai: “Sede perfeitos assim como o vosso Pai celeste é perfeito”. (Mt 5,48)
Essas palavras fazem eco ao que Deus já tinha ordenado ao povo no deserto: “Sede santos, porque eu sou santo”. (Lv 11,44)
Jesus falava da bondade do Pai, que ama não só os bons, mas também os maus, e que “faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos”. (Mt 5,45) Jesus pergunta aos discípulos: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis?” (46). Para o Senhor, ser perfeito como o Pai celeste, é amar também os inimigos, os que não nos amam. “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e vos maltratam”(44) e mais ainda: “Não resistais ao mau. Se alguém te ferir a face direita, oferece-lhe também a outra”. (39)
Sem dúvida não é fácil viver essa grande exigência que Jesus nos faz, mas é por isso mesmo que ao cumpri-las vamos nos tornando santos, perfeitos, como o Pai celeste.
Todo o Sermão da Montanha, que São Mateus relata nos capítulos 5, 6 e 7, apresenta-nos o verdadeiro código da santidade. É como dizem os teólogos, a “Constituição do Reino de Deus”. Santo Agostinho nos assegura que:
“Aquele que quiser meditar com piedade e perspicácia o Sermão que nosso Senhor pronunciou no Monte, tal como o lemos no Evangelho de São Mateus, aí encontrará, sem sombra de dúvida, a carta magna da vida cristã” (CIC, nº 1966).
É por isso que na festa de todos os Santos a Igreja nos faz meditar no Evangelho das Bem-aventuranças, que são o início, e como que o resumo, de todo o Sermão do Monte.
São Paulo começa quase todas as suas Cartas lembrando os cristãos do seu tempo de que são chamados à santidade. Aos romanos, logo no início, ele se dirige dizendo:
“A todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos“. (Rm 1,7)
Aos corintios ele repete: “à Igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Cristo Jesus chamados à santidade com todos…” (1Cor 1,2).
Aos efésios ele lembra, logo no início, que o Pai nos escolheu em Cristo “antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1,5).
Aos filipenses ele pede que: “o discernimento das coisas úteis vos torne puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo” (Fil 1,10).
“Fazei todas as coisas sem hesitações e murmurações a fim de serdes irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus íntegros no meio de uma geração má e perversa” (Fil 2,14) .
Para o Apóstolo a santidade é a grande vocação do cristão. Ele diz aos efésios:
“Exorto-vos pois (…) que leveis uma vida digna da vocação a qual fostes chamados, com toda humildade, mansidão e paciência”. (Ef 4,1)
De maneira mais clara ainda ele fala aos tessalonicenses sobre o que Deus quer de nós:
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santificação e honestidade, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como fazem os pagãos que não conhecem a Deus”. (1 Tess 4,3-5)
Aos cristãos de Corinto, Paulo volta a insistir na sua segunda Carta:
“Purifiquemo-nos de toda a imundice da carne e do espírito realizando a obra de nossa santificação no temor de Deus” (2 Cor 7,1) e também a carta aos Hebreus, nos manda procurar a santidade:
“Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12,14)
Santa Teresa de Ávila afirma que: “O demônio faz tudo para nos parecer um orgulho o querer imitar os santos”.
A santidade é o meio de voltarmos a ser “imagem e semelhança” de Deus, conforme saímos de suas mãos.
São Paulo ensina na carta aos romanos que Deus nos quer como autênticas imagens de Jesus:
“Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos”. (Rm 8,29)
A santificação, portanto, consiste em cada cristão se transformar numa cópia viva de Jesus, “um outro Cristo” como diziam os santos Padres. Quando a imagem de Jesus estiver formada em nossa alma, então teremos chegado à meta que Deus nos propõe. É aquele estado de vida que levou, por exemplo, São Paulo a exclamar: “Eu vivo, mas já não sou mais eu, é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus”. (Gl 2,20)
Jesus sofreu a sua Paixão e Morte para que recuperássemos diante do Pai a santidade. É o que o Apóstolo nos ensina: “Eis que agora Ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentarsantos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai”. (Col 1,22)
Fomos criados por Deus e para Deus, e a Ele pertencemos; por isso, somos chamados à santidade. O salmista canta essa verdade essencial:
“Ele é nosso Deus; nós somos o povo de que ele é o pastor,
“As ovelhas que as suas mãos conduzem.” (Sl 94,7)
“Sabei que o Senhor é Deus: somos o seu povo e as ovelhas de seu rebanho.” (Sl 99,3)
Essa pertença a Deus é que nos obriga acima de tudo a buscarmos como meta da nossa vida a santidade, que é a marca de Deus, três vezes Santo. O Papa João Paulo II, que era um pregador incansável da santidade, disse certa vez:
“Não tenhais medo da santidade, porque nela consiste a plena realização de toda a autêntica aspiração do coração humano.” (LR,N.17, 7/4/96)
“Entre as maravilhas que Deus realiza continuamente, reveste singular importância a obra maravilhosa da santidade, porque ela se refere diretamente à pessoa humana.”
E o Papa resume tudo dizendo que:
“A santidade é a plenitude da vida.” (LR, N.20, 18/5/96)
Com a mesma ênfase, São Paulo afirma para os corintios que não nos pertencemos, porque fomos comprados por um alto preço que é o sangue de Cristo (cf. 1 Cor 6,19). Aos romanos o Apóstolo diz: “Nenhum de vós vive para si e ninguém morre para si. Se vivemos, vivemos para o Senhor; se morremos, morremos para o Senhor. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. (Rm 14,7)

domingo, 26 de agosto de 2012

A Virgem Maria, Rainha do universo, se fez serva em nosso favor.


Maria está no Céu, mas está também sempre conosco
Na catequese desta semana, O Papa Bento XVI nos trouxe uma reflexão sobre a memória de Nossa Senhora Rainha. Esta festa foi estabelecida pelo Papa Pio XII no final do Ano Mariano, através da Carta Apostólica Ad caeli Reginam, na festa da maternidade de Nossa Senhora, no dia 11 de outubro do ano de 1954. Depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, a celebração passou para oito dias após a Solenidade da Assunção da Virgem Maria. Com essa mudança, o Concílio quis destacar e estreita relação entre a realeza de Nossa Senhora e a sua glorificação em corpo e alma, junto ao seu Filho Jesus Cristo. “Maria foi assunta à glória celeste e exaltada por Deus como Rainha do universo, para que fosse plenamente conformada a seu Filho” (LG 59).
Maria é Rainha porque associou-se de forma única a seu Filho, tanto em sua vida terrena, como na glória do Céu. Ela participa da responsabilidade e do amor de Deus para com o mundo. A realeza deste mundo está associada com o poder e a riqueza. Mas, este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. A realeza de Cristo é revestida de humildade, serviço, amor. Jesus foi proclamado Rei na cruz (cf. Mc. 15,26). Ele é rei sofrendo conosco, por nós, amando-nos até o fim. Cristo governa e inaugura o amor, a verdade e a justiça.
Jesus Cristo é um rei que serve e, da mesma forma, Maria é Rainha no serviço a Deus para a humanidade. Ela é Rainha do amor, que vive o dom de si a Deus para entrar no plano de salvação do homem. Ela é Rainha amando-nos, ajudando-nos em todas as nossas necessidades, é a nossa irmã, serva humilde. Nossa Senhora, é Rainha cuidando de seus filhos, que se voltam a ela em oração, para agradecer ou para pedir sua ajuda e proteção maternais.
Hoje, nos voltamos para Maria confiantes em sua contínua intercessão junto a Jesus, de quem provém toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação terrestre. A Cristo, nos voltamos confiantes através da Virgem Maria, que é invocada como uma Rainha do Céu por oito vezes, depois da oração do Santo Rosário, na ladainha lauretana. Essas invocações antigas e orações diárias como a Salve Rainha, ajuda-nos a compreender que a Virgem Maria está junto a seu Filho Jesus no céu, mas também está conosco, em todos os dias da nossa vida.
O Santo Padre encerrou sua catequese dizendo que “a devoção a Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual”. Em nossa oração, não deixemos de recorrer com confiança a Maria, que não deixará de interceder por nós junto a seu Filho. Olhemos para ela e imitemos a sua fé, a sua disponibilidade para acolher o projeto do amor de Deus, o generoso acolhimento de Jesus. Maria é a Rainha do céu, está perto de Deus, mas é também a Nossa Mãe. Maria está perto de cada um de nós, ela nos ama e ouve a nossa voz.